Carla Fernández de Liger tem apenas dois anos, mas se a tradição de família tiver continuidade, talvez no futuro também ela se venha a formar em engenharia.
A sua mãe, Nerea Fernández de Liger, e o seu atual marido, Carlos, são ambos formados em engenharia, e conheceram-se na linha de montagem de Valência, em Espanha, onde ainda hoje trabalham. O mesmo aconteceu com o pai e a mãe de Nerea, José e Maria, tendo Maria sido uma das primeiras engenheiras a operar nessa mesma linha de montagem.
Infelizmente, a mãe de Nerea faleceu em 2020, mas continua a ser uma fonte de inspiração para a filha, provando que o género não deve ser um obstáculo no momento de se escolher uma carreira que, no caso de Nerea, a tornou Supervisora de Materiais, Planeamento e Logística, área em que a sua mãe também trabalhou.
Todos os anos, as unidades de produção Ford na Alemanha, Espanha e Reino Unido levam a cabo inúmeros programas para encorajar as mulheres na procura de carreiras em engenharia e em tecnologia. Mesmo durante os períodos de confinamento, estes programas continuaram a ser realizados em formato online.
Hoje, “Dia Internacional da Mulher na Engenharia”, a Ford elogia a atitude de quem optou por seguir os passos da família, destacando o trabalho que a companhia está a fazer no sentido de envolver mais mulheres no campo da engenharia, através dos referidos programas dedicados.
“Quando comecei a estudar engenharia no Centro de Formação da Ford, era o meu pai que ali me deixava e me vinha buscar, pois era perto do seu local de trabalho. Na altura, ficava muito envergonhada, mas agora, quando me recordo desses tempos, sinto imenso orgulho”, refere Nerea, que é Supervisora de Expedição e Receção da Ford Europa. “De todas as recordações que tenho da Ford, a que mais me emociona é ter estado no evento que foi organizado quando os meus pais se reformaram, onde vi a nossa grande família Ford despedir-se deles de uma forma extremamente carinhosa”.
Tudo em família
Nerea é uma das várias engenheiras da Ford que são hoje um exemplo de inspiração para a próxima geração de mulheres. Abaixo descrevem-se mais alguns exemplos de engenheiras da Ford que foram motivadas e inspiradas pelos seus progenitores:
Alexandra Walker, Diretora de Qualidade de Grupos Propulsores, Reino Unido
“O meu avô trabalhou na fábrica da Ford em Leamington Spa, nos anos 40, e o meu pai foi professor de engenharia, tendo formado muitos aprendizes da Ford. Comecei há 33 anos como estagiária, durante as férias, na fábrica de chassis e eixos da Ford de Swansea, estando há muito tempo envolvida em iniciativas destinadas a atrair mais mulheres para o campo da engenharia”.
Daniela Arts, Engenheira de Produção, Alemanha
“Em criança visitei várias vezes a fábrica da Ford e o meu pai gostava imenso de me mostrar as linhas de produção e os carros. Trabalhar na Ford era o que eu mais queria e foi a única candidatura de emprego que alguma vez enviei. Isto foi no âmbito do programa de estudos combinados ‘do2technik’, o qual incluiu um estágio na Ford, um bacharelato, experiência de trabalho e um potencial emprego na Ford, que eu consegui!”.
Kathrin Ruegenberg, Engenheira de Carroçarias, Alemanha
“Lembro-me de estar com o meu pai em muitos eventos que a Ford realizava para as famílias. Ele também me ajudava bastante em matérias relacionadas com ciência e tecnologia. Quando estava à procura de um estágio, o meu pai encorajou-me a fazê-lo na Ford, uma vez que eu entraria em contacto com muitas profissões diferentes. Percebi rapidamente que a minha tendência era para a engenharia e o programa ‘do2technik’ mostrou-me o caminho”.
Laura Florentin Dobreanu, Engenheira de Qualidade de Produto, Roménia
“Os meus pais eram engenheiros, sendo que o meu pai trabalhava na fábrica da Oltcit, em Craiova, que mais tarde se tornaria numa fábrica da Ford. Para mim e para o meu irmão foi um passo natural seguir o caminho dos nossos pais em engenharia, Na escola, tanto eu como o meu irmão demonstrámos sempre mais interesse pela ciência e pela matemática do que por outras disciplinas. Agora trabalho no departamento de qualidade, tal como o meu pai o fez”.
Laura Tudela Oltra, Estagiária Superior de Engenharia, Espanha
“O meu pai começou na Ford quando tinha 20 anos e tinha uma oficina em nossa casa. Como ele trabalhava no turno da noite, passávamos muitas tardes juntos, a arranjar bicicletas e a mexer em máquinas. Atualmente trabalho na maquinação de árvores de cames e estou a estudar Electrónica Industrial e Engenharia de Automação, com o objetivo de trabalhar como engenheira na Ford”.
Mihaela Dana Toma, Engenheira de Processo, Roménia
“Quando era criança gostava de reparar coisas em casa, incluindo colocar juntas para reparar fugas na canalização. Até desmontei o ferro da minha mãe e montei-o de novo, peça a peça, só para aprender como funcionava. Depois, fui para junto do meu pai, ajudando-o na reparação de carros, e mais tarde segui os seus passos na engenharia para trabalhar na fábrica da Ford em Craiova”.
Molly Starkes, Estagiária Superior de Engenharia, Reino Unido
“No Reino Unido, a Ford desenvolve muitas iniciativas que incluem a visita de alunas do ensino secundário às fábricas de produção. Enquanto adolescente participei numa dessas iniciativas, algo que, juntamente com o facto de o meu pai ter trabalhado na Ford, me motivou a procurar uma carreira de engenharia na Ford, onde comecei quando tinha 16 anos. Actualmente estou a trabalhar com vista a uma licenciatura em engenharia na Universidade de Warwick”.
Envolver as mulheres na engenharia
A Ford encoraja as engenheiras de todos os estratos sociais, com ou sem qualquer ligação prévia à empresa.
"A sensibilização para os papéis estimulantes que existem na engenharia automóvel é realmente importante para aumentar a proporção de engenheiras e a diversidade de género na Ford. Dar a conhecer modelos aspiracionais para celebrar o Dia Internacional da Mulher na Engenharia é também uma forma de garantir que somos vistos como um empregador de eleição para as mulheres", disse Sarah Haslem, Membro do Conselho de Administração da Ford, Ford da Europa.
Na Alemanha, todos os anos é organizado no mês de abril o evento “Girls’ Day”, este ano complementado com um evento online para raparigas com idades a partir dos 13 anos. Isto faz parte das iniciativas “Frauen in Technik” (“Mulheres na Tecnologia”), onde também se incluem estágios de verão e de outono, vagas para aprendizagem prática de engenharia, tudo para raparigas, sem esquecer o programa “Do2”, o qual organiza programas de orientação (tutoriais) para raparigas, antes de iniciarem os cursos de aprendizagem, bem como eventos de orientação profissional em escolas da região.
Em Craiova, na Roménia, as linhas de montagem de automóveis e as fábricas de motores Ford apresentam um equilíbrio de género de cerca de 50%. Por sua vez, a Ford Espanha está agora a preparar a sua participação num desafio de tecnologia e inovação que promove a engenharia junto do público feminino.
No Reino Unido, as engenheiras da Ford lideraram o Dia das Mulheres na Engenharia desde 2015, convidando mais de 100 raparigas de escolas locais a participar em visitas guiadas, em atividades de engenharia e em painéis de discussão. Outras iniciativas incluem o programa "Primary Engineer" nas escolas e programas de tutoria de estudantes universitários.
“Não se trata apenas de encorajar as raparigas a optarem pela engenharia. Trata-se, também, de motivar as nossas engenheiras a festejar as suas realizações e a valorizar tudo o que trazemos para a engenharia e produção automóvel, como diferentes perspetivas e um maior sentido de colaboração", referiu Friederike Philipsenburg, do Painel “Mulheres na Engenharia” da Ford Europa, cujo pai também trabalhou na Ford.
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Oksana Polovaya – opolovay@ford.com
Susana Viñuela - imprens4@ford.com